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Crédito: imagem do sítio eletrônico do Comsefaz (https://comsefaz.org.br/)

IBS: Conselho Superior do Comitê Gestor é instalado — O que esperar?

No último dia 16, foi oficialmente instalado o Conselho Superior do Comitê Gestor do IBS, conforme previsto no art. 483 da Lei Complementar nº 214/2025. A posse ocorreu apenas com a participação dos representantes estaduais, já que a indicação dos representantes municipais segue indefinida devido a divergências entre as entidades que representam os Municípios.

O Comitê Gestor atuará como uma espécie de Secretaria da Fazenda nacional para o IBS — uma entidade pública autônoma responsável por administrar, fiscalizar e distribuir o imposto entre estados e municípios. Trata-se de um passo essencial para a operacionalização do novo modelo tributário.

Mas, afinal, o que esperar do Comitê?

A instalação do Comitê e a unificação do IBS trarão avanços significativos na relação entre o fisco e os contribuintes. Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Unificação das regras tributárias, reduzindo a complexidade e a burocracia, especialmente para empresas com atuação nacional.
  • Cadastro único: o contribuinte não precisará mais manter múltiplas inscrições estaduais e municipais.
  • Apuração centralizada: débitos e créditos serão apurados em um único sistema, eliminando a necessidade de apuração por filial e reduzindo custos de compliance.
  • Redução do acúmulo de créditos em estados diferentes, com compensação mais eficiente.
  • Portal eletrônico unificado, com acesso centralizado a informações do IBS e da CBS.
  • Devolução mais ágil de créditos: os contribuintes terão contas de IBS vinculadas à sua titularidade, com possibilidade de saque dos créditos acumulados em até 60 dias.
  • Acabar com os conflitos de competência entre estados e municípios, impedindo que o mesmo contribuinte seja fiscalizado por múltiplos entes ao mesmo tempo — o que garante maior segurança jurídica e reduz o risco de autuações duplicadas.

A criação e estruturação do Comitê Gestor representam um avanço concreto na construção de um sistema tributário mais simples, moderno e eficiente, com impactos diretos na competitividade das empresas e na previsibilidade fiscal para todos os contribuintes.